Como Definir o Valor da Sua Sessão como Psicólogo: Precificação Ética e Sustentável

Um dos dilemas mais comuns para psicólogos autônomos é: quanto cobrar por uma sessão? Definir esse valor vai muito além de copiar o preço de colegas ou seguir a média da sua cidade. Envolve ética, responsabilidade profissional e viabilidade financeira.

Neste artigo, você vai entender como definir o valor da sua sessão psicológica de forma ética e sustentável — respeitando seu trabalho e o cuidado com seus pacientes.




📚 O que diz o Código de Ética do CFP?

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) orienta que os honorários devem ser justos, éticos e compatíveis com a complexidade do serviço prestado. Não existe uma tabela obrigatória de preços, mas sim critérios a serem considerados com responsabilidade.

Segundo o Art. 1º da Resolução CFP nº 010/2005:

“O valor do serviço psicológico deve considerar a natureza da atividade, o tempo necessário, a qualificação do profissional e as condições do contratante.”

Ou seja: você tem liberdade para precificar — mas com critério, consciência e respeito.


🧩 O que considerar ao definir seu valor?

1. Custos fixos e variáveis

Calcule todos os seus gastos relacionados à prática:

Aluguel do consultório ou coworking

Internet, energia, materiais de apoio

Supervisão, cursos, plataforma de atendimento

Tempo de preparo, deslocamento (se presencial)

Esse cálculo te ajuda a entender o mínimo necessário para manter a prática.


2. Público atendido

Você atende um público que pode pagar valores mais altos? Ou está em uma região onde o acesso é mais limitado?

Você pode:

Definir um valor base e oferecer alguns atendimentos sociais

Ter faixas de valor para públicos diferentes (com critérios claros)


3. Sua experiência e qualificação

Psicólogos com mais tempo de formação, especializações e experiência clínica consolidada geralmente cobram mais — com coerência ao que oferecem.

Mas mesmo quem está no início merece cobrar um valor justo. O importante é alinhar expectativa, entrega e formação contínua.


📈 Evite erros comuns na precificação

Cobrar muito baixo por insegurança

Isso desvaloriza sua profissão e não cobre seus custos.

Seguir o valor dos outros sem contexto

Cada realidade é diferente: estrutura, público, região, objetivos.

Ficar mudando os valores toda semana

Isso confunde os pacientes e transmite instabilidade.

Dica: defina uma política clara e mantenha por alguns meses. Reavalie anualmente.


🧠 O valor emocional da sessão

Lembre-se: o paciente não paga apenas pelo tempo de 50 minutos. Ele paga pela sua escuta qualificada, formação, sigilo, ética, acolhimento e transformação possível naquele espaço.

Cobrar um valor justo é parte do autocuidado e da sustentabilidade da sua atuação.


🧾 Controle seus recebimentos com clareza

Saber quanto cobrar é o primeiro passo. O segundo é acompanhar quem pagou, quem está em dia, e o que foi recebido por mês.

💡 É aí que ferramentas como o

ajudam.

Com ele, você registra os pagamentos por paciente, visualiza o histórico de atendimentos e tem controle da sua receita de forma clara — tudo em um sistema feito para psicólogos.


👉 Teste o Psicotime gratuitamente por 7 dias


✅ Conclusão

Cobrar pela sua sessão é um ato ético e necessário. Com clareza nos seus custos, compreensão do seu valor profissional e ferramentas de organização, você constrói uma prática mais sustentável — para você e para quem você atende.